sexta-feira, 9 de julho de 2010

despedida

(...)
Dei um pulo da cama correndo contra o tempo, me vesti depressa.. atordoada. 
Ele me liga ofegante, dizendo que estava na portaria do meu prédio me esperando. Sem pensar em mais nada, desci. Lágrimas queriam sair mas eu as segurava o tanto que podia, minha mãos não sabiam ficar paradas,e o pensamento, só nele.
Quando as portas do elevador se abriram, aquele sol irradiante logo bateu em meu rosto me impedindo de vê-lo. Fui abrindo meus olhos devargazinho e ele foi vindo em minha direção. 
Não queria deixa-lo partir. Eu não podia. Mas o bom-senso falou mais alto. Eu queria tranca-lo em um quartinho, cuidar dele como se fosse meu tesouro. 
(...)
Despedidas não são meu forte. Ele logo disse que teria que ir. Meu coração estava apertado e minhas mãos não largavam seu ombro. Eu não podia parar de abraça-lo. 
Mas eu o deixei ir. Fiquei vendo ele partir ali parada sem mover um musculo. O que deu em mim? Eu deveria ter corrido, deveria ter dito para ele ficar mais um pouco. Dizer que o amava tanto...
Haviam tantas lágrimas em meus olhos que não pude vê-lo direito. 
(...)

Caíque, eu estou com saudades. Eu nem sei se gosto mais de mim ou de você.

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