sexta-feira, 30 de abril de 2010

o pequeno principe IX

O pequeno principe arrancou também, não sem um pouco de tristeza, os últimos baobás. Ele pensava nunca mais voltar. Mas todos esses trabalhos rotineiros lhe pareceram, aquela manhã, extremamente agradavéis. E quando regou pela última vez a flor, e se preparava para coloca-lá sob a redoma, percebeu que tinha vontade de chorar.


- Adeus - disse ele à flor.

Mas a flor não respondeu.

- Adeus - repetiu ele.

A flor tossiu. Mas não era por causa do resfriado.

- Eu fui uma tola - disse finalmente - Peço-te perdão. Procura ser feliz.

A ausência de censuras o surpreedeu. Ficou parado, completamente sem jeito, com a redoma nas mãos. Não podia compreender essa delicadeza.

- É claro que eu te amo - disse-lhe a flor. - Foi minha culpa não perceberes isto. Mas não tem importância. Foste tão tolo quanto eu. Tenta ser feliz.. Larga esta redoma, não preciso mais dela.

(...)

- Não demores assim, que é exasperante. Tu decidiste partir. Então vai!



Pois ela não queria que ele a visse chorar. Era uma flor muito orgulhosa..

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